sexta-feira, 16 de abril de 2010

Arouca é dado como o coringa do peixe para o confronto decisivo na vila

Flamengo passa por turbulência na temporada

O conflito entre o goleiro Bruno e o meia Petkovic no intervalo do jogo pela Taça Libertadores da América contra o Universidad Católica, na última quarta-feira, em Santiago pode ser somado à série de outros problemas que marcam o 2010 do Flamengo. Nas vésperas de momentos decisivos no campeonato carioca e na fase de grupos do campeonato continental, o clube volta a ficar com um certo nível de tensão.
Inúmeras situações ocorridas desde a pré-temporada mostravam que a equipe não estava em estado de perfeita harmonia. O acerto com Vagner Love veio como a boa notícia em relação a tudo aquilo. Com o começo e desenvolvimento do campeonato carioca, os problemas foram aparecendo, um a um. Dentro de campo, a defesa foi altamente criticada pelas péssimas atuações. Mas a diretoria sempre argumentava que a explicação estava nas ausências de Airton (negociado junto ao Benfica) e de Maldonado (lesionado naquela ocasião). Mas tudo se resolvia quando o império do amor marcava seus gols no ataque.
No clássico Fla-Flu, após ser substituído, o meia Pet se irritou e causou um problema interno que chegou a ocasionar uma possível saída dele do clube. Depois de vários conflitos entre diretoria e jogador ele foi reincorporado ao grupo. Após esse fato, Leonardo Moura e Álvaro discutiram durante o jogo pelo campeonato estadual contra o Boavista, no dia 6 de fevereiro, em Volta Redonda. Durante os eventos carnavalescos, também houve atritos entre comissão técnica, ocasionando o afastamento do auxiliar Marcelo Sales por alguns dias. No jogo seguinte, o sérvio voltou a atuar como titular, porém o Flamengo perdeu a semifinal da Taça Guanabara para o Botafogo, no dia 17 de fevereiro.
Iniciada segundo turno do cariocão, novos problemas. Com as ausência de Adriano e Kléberson, convocados para o jogo da seleção brasileira contra a Irlanda, o time começou vencendo o Macaé e o Madureira. Mas, depois desses dois jogos, veio o episódio de maior repercussão. O Imperador voltou da Inglaterra e foi, diretamente, para a farra com companheiros de Flamengo. Quando estavam na Vila Cruzeiro, a então noiva do atacante, Joana Machado, apareceu na favela como um furacão, discutindo com o atacante e criando uma série de constragimentos públicos. E o goleiro Bruno, ao tentar defender o colega, ainda fez uma pergunta de natureza infeliz: "quem nunca brigou ou até saiu na mão com a mulher?". O camisa 1 levou apenas uma dura da presidente Patrícia Amorim e teve que se retratar dias depois.
- Os problemas do Adriano são notórios e conhecidos – disse Marcos Braz na época.
Em meio a esse caos fora de campo, o time foi a Santiago e voltou derrotado pelo Universidad de Chile, no dia 17 de março. Mas, com o jogo seguinte, amenizaram-se as críticas ao Império do Amor, quando Adriano marcou os dois gols no empate do clássico contra o Botafogo. A partir daí, o Imperador passou a fazer gols em momentos importantes, mas sempre sem comemoração.
Até que o foco deixou de ser Adriano justamente na última quarta-feira, quando houve o atrito entre Bruno e Petkovic em Santiago.

domingo, 11 de abril de 2010


Um bom jogo decisivo deve ser assim: corrido, nervoso, cheio de alternativas, emocionante e, claro, com muitos gols. O clássico entre São Paulo e Santos, neste domingo à tarde, no Morumbi, pelas semifinais do Campeonato Paulista, teve tudo isso. Os Meninos da Vila foram para cima, abriram 2 a 0, o time tricolor, com um a menos (Marlos foi expulso ainda no primeiro tempo), empatou, e, no fim, com a cabeça de Durval, o Peixe venceu por 3 a 2.Agora, o Alvinegro Praiano passa à final até perdendo por um gol de diferença no próximo domingo, na Vila Belmiro.

O jogo começou estudado, um pouco truncado. O técnico Dorival Júnior, do Santos, mandou a campo um time com características ofensivas, com três atacantes, mas posicionados num 4-4-2 clássico: o meia Marquinhos atuou como volante ao lado de Arouca, e Robinho jogou mais recuado, como um meia, armando o jogo ao lado de Ganso, deixando Neymar e André mais à frente. O São Paulo tomou a iniciativa e, marcando muito bem no meio-campo, conseguiu brecar as investidas dos santistas, que erravam muitos passes. O objetivo tricolor era ficar com a bola, para não dar chance ao melhor ataque do campeonato. A estratégia deu certo até os 26 minutos, quando Neymar, até então apagado, recebeu na meia esquerda e acertou um lindo passe para Léo, que entrou pela esquerda e bateu cruzado. Júnior César apareceu pelo meio e acabou marcando contra. Os são-paulinos reclamaram que, na hora do chute de Léo, havia dois jogadores santistas impedidos.
FONTE:Globo Esporte



Vagner Love faz dois, Vasco tem pênalti não marcado, e o Flamengo está na final

Um filme que parece não cansar de se repetir. Pelo quarto ano seguido, Flamengo e Botafogo vão decidir quem ficará com o título carioca. Neste domingo, o Rubro-Negro manteve a longa escrita em cima do Vasco em jogos decisivos. Com dois gols de Vagner Love, o time da Gávea venceu por 2 a 1, no Maracanã, e garantiu a vaga na decisão da Taça Rio. Thiago Martinelli marcou para os cruzmaltinos. O clássico terminou com os gritos flamenguistas de "e o freguês voltou" e muitas reclamações dos vascaínos por causa da arbitragem de João Batista de Arruda, que não marcou um pênalti, cometido por Willians, nos minutos finais da partida.

Primeiro, Flamengo e Botafogo se encontram no próximo domingo, às 16h (de Brasília), na final da Taça Rio, no Maracanã. Se o Alvinegro vencer, será o campeão carioca, já que conquistou também a Taça Guanabara. Se o Rubro-negro levar a melhor, os rivais vão para a decisão do título em dois jogos, nos dias 25 de abril e 2 de maio. O Flamengo foi campeão de sete dos últimos 11 campeonatos disputados (1999 / 2000 / 2001 / 2004 / 2007 / 2008 / 2009), e o Alvinegro levantou o troféu em 2006.

Nas últimas cinco vezes que Flamengo e Vasco se enfrentaram em semifinais de turnos do Campeonato Carioca, o Rubro-Negro levou a melhor. Além da vitória deste domingo, venceu por 1 a 0 em 2001 (gol de Beto); 2 a 0 em 2004 (gols de Felipe e Henrique); 1 a 1 (3 a 1 nos pênaltis) em 2007; e 2 a 1 em 2008 (Fábio Luciano e Ronaldo Angelim). O time da Gávea venceu também as últimas cinco decisões entre os dois clubes: os Estaduais de 1999, 2000, 2001 e 2004 e a Copa do Brasil em 2006, esta com duas vitórias. Nas outras quatro oportunidades em que eliminou o arquirrival nas semifinais - em 2001, 2004, 2007 e 2008 - o Flamengo acabou conquistando o título carioca. Atual tricampeão, o Rubro-Negro luta pelo inédito tetracampeonato, fato que aconteceu no Rio de Janeiro pela última vez em 1935, quando o Botafogo conquistou os títulos de 1932/33/34/35.

Antes da decisão, o Flamengo tem um importante desafio pela Taça Libertadores. Na próxima quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago, no Chile, a equipe enfrenta o Universidad Católica. No mesmo dia e horário, o Vasco enfrentará o Corinthians-PR, no Durival de Brito, em Curitiba, no jogo de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil.Vagner Love e Thiago Martinelli fazem os gols do primeiro tempo

O Vasco entrou em campo novamente com o terceiro uniforme, que homenageia os cavaleiros templários. E motivado com o 100% de rendimento do técnico Gaúcho, que assumiu o cargo após a demissão de Vagner Mancini e venceu Fluminense (3 a 0), ASA (3 a 1) e Duque de Caxias (4 a 3). Fora do estádio, a Polícia Militar prendeu oito torcedores dos dois clubes que se envolveram em uma briga.
FONTE:Globo Esporte

Romário: 'Eu perdi duas vezes. Não fui à Copa em 2002 e não peguei a aeromoça'


Romário pode estar definitivamente afastado dos gramados, mas continua sendo um dos principais personagens do futebol brasileiro na atualidade. O ex-atacante, um dos melhores do mundo em todos os tempos, é hoje o homem-forte do futebol do América, que voltou à Primeira Divisão do Campeonato Carioca este ano e, por um ponto, não chegou às semifinais da Taça Rio, segundo turno do Estadual. Ao mesmo tempo em que trabalha para reerguer o Alvirrubro - o clube de coração do pai, seu Edevair, está na final do Torneio João Ellis Filho - o Baixinho segue em dia com a irreverência que marcou uma carreira ao mesmo tempo vitoriosa e polêmica.
Em entrevista ao jornal "O Globo", publicada neste domingo, Romário abriu o jogo sobre diversos assuntos. Como de hábito, sem meio-termo. Da sua relação com técnico e colegas de profissão às mulheres, o craque ainda ironizou as notícias de que teria perdido o que acumulou em mais de 20 anos de futebol - "Dizer que estou quebrado vende. Meu dinheiro está bem investido. (...) Tenho algumas coisas. O que posso dizer é que a minha vida é tranquila. (...) Oitenta por cento das coisas que saíram sobre Romário nos últimos anos são mentira", disse ele, que ano passado teve o seu apartamento no Golden Green, condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio, negociado por aproximadamente R$ 9 milhões num leilão.
Confira os principais momentos da entrevista. MULHERES: "A outra história foi que eu tinha transado com uma aeromoça antes do jogo com o Uruguai, pelas eliminatórias, em Montevidéu. Aliás, foi o único jogo que fiz pela seleção com o Felipão. Isso foi em 2002, e hoje estamos em 2010. Poderia muito bem falar que tinha acontecido. Mas não aconteceu. Se fiquei fora da Copa por causa disso, perdi duas vezes. Não fui à Copa e não comi a aeromoça, que era a maior gostosa..." - sobre uma das razões de ter sido preterido por Luiz Felipe Scolari para o Mundial da Ásia."Uma vez acabou o jogo, e tive que ficar para o exame antidoping. Era contra o Corinthians, se não me engano, logo que comecei no Vasco. Demorei muito para fazer o xixi. Quando saí do vestiário, uma namorada minha na época estava me esperando. Aí, voltei para o vestiário do Vasco, para tomar banho. Só tinha a minha roupa e um segurança lá na porta. Transei com ela no vestiário do Maracanã. E já tinha tomado banho (risos)"."Na Copa América da Bolívia (1997), dei uma fugida e saí com uma mulher logo depois do primeiro jogo. Em 94, não fugi, nunca saí da concentração sem permissão. Havia um estacionamento, que esposa, namorada e amigos iam às vezes. Foram umas duas ou três amigas minhas da época, mas não houve nada. Não transamos. Mas se tinha folga, saía mesmo". - sobre escapar da concentração para poder fazer sexo."Comecei a jogar futebol profissional em 1986, com 20 anos. Até os 28, mais ou menos, fiz uma porrada de coisas. Não acho que fossem coisas erradas, mas hoje não faço mais. Esse negócio de suruba, já participei, mas gostava mais de zoar, da sacanagem, do que de participar de corpo e alma (risos). Muitas vezes nem participava de verdade. Fica só botando pilha (risos). O assédio é muito grande. É muito fácil pegar mulher, e algumas gostam deste tipo de coisa. É bom ficar claro que isso rola no mundo todo, em todos os esportes. Acho que, como o atleta geralmente faz muita coisa em grupo, acaba fazendo sexo também (risos)"- sobre fazer sexo em grupo. BRIGAS: "Teve aquela briga com o Andrei (zagueiro do Fluminense) dentro de campo contra o São Paulo. Com o Edmundo nunca foi de mão, não. Com o Sávio eu empurrei, dei um tapa nele e ficou por isso mesmo. Com Jorge Luís, briguei no vestiário. Também foi assim com Júnior Baiano e com o Ronaldão... Só arrumei porrada ruim para mim: Jorge Luís, Júnior Baiano, Ronaldão (risos). Esses são os caras... Se você perguntar se me arrependo, a resposta é não. Mas hoje não faria. A cabeça é outra"."Uma vez o Evaristo de Macedo me chamou para porrada dentro do vestiário do Maracanã. Não fui porque eu ia matar ele de porrada. Falei para se adiantar. Hoje, é meu amigo. Foi bom treinador, um dos poucos bons que tive".
TREINADORES: "Tive muitos problemas com alguns, mas não tive com outros. Por exemplo, com Cruyff não tive nenhum. Com o Joel (Santana) nunca tive problema. Também com o Oswaldo (Oliveira), Edinho, Júnior, Parreira... O Gílson Nunes, quando me cortou da seleção sub-20 antes do Mundial de 85, não foi firme comigo. Confiou num papo de um supervisor. O cara entrou numa sala do hotel em que estávamos concentrados em Copacabana. Eu, Müller e Denílson realmente estávamos realmente mexendo com as meninas que passavam lá embaixo. O tal supervisor deu o flagrante no Denílson e no Müller, pois eu estava no banheiro na hora. No fim, só eu fui cortado". "Foram apenas seis meses de relacionamento (com Vanderlei Luxemburgo), e erramos por igual. Eu estava voltando ao Rio, tinha sido campeão do mundo. Tinha 28 anos e achava que podia tudo, e o Vanderlei, já naquela épca, se achando o melhor técnico do mundo. Ele queria me confrontar, aparecer mais do que algumas pessoas. No caso, eu. Tivemos um comportamento egoísta. Ele se prejudicou, eu me prejudiquei, e acabamos prejudicando o Flamengo"."Claudio Garcia (foi o pior treinador). Esse é um merda. Desculpe a expressão, até tinha prometido a minha mulher que não ia falar palavrão, mas não aguento. Era uma merda. Não sabia de tática, não sabia de técnica, não sabia dar uma preleção. Ele se perdia, escalava os jogadores errados".SELEÇÃO BRASILEIRA: 2010 "Se o Ronaldinho Gaúcho continuar fazendo o que faz no Milan, e a tendência é que ele melhore na Copa, tem que ir. Ele já sabe o que é ganhar e perder uma Copa. Já passou por tudo. Portanto, se eu fosse o Dunga, convocaria. Não podemos esquecer que o Kaká está com pubalgia. Se o Dunga não puder contar com ele, tem o Ronaldinho. Se o Kaká não tiver problema, terá os dois. (Da nova geração) levaria o Neymar".DUNGA: "Sou suspeito para falar do Dunga, porque quase todo mundo foi contra quando o colocaram no cargo. Me orgulho em dizer que eu sempre acreditei. Ele conhece como poucos a seleção. (...) Nós nos conhecemos em 1987, no Vasco, e começamos a nos respeitar. Lembro que uma vez o time estava levando muito gol e houve uma reunião em São Januário. Roberto (Dinamite) e Tita disseram, sem citar meu nome, que havia jogador mais novo que precisava correr mais. Dunga interrompeu e disse que, se o recado era para o Romário, podia deixar que ele correria pelos dois, porque só eu é que estava fazendo gol. (...) Nossa relação era, como se diz, papo reto. Mas discutimos várias vezes, um xingamento de um e do outro. Mas com respeito".
FONTE:Globo Esporte